quinta-feira, 23 de junho de 2011

23.06.2011 - Qual é a contribuição da Capoeira para o ambiente corporativo?



      Objetivo, método, meta e métrica, baseados em valores humanos e éticos.
    Ao nosso ver, um bom capoeirista tem que ter isso em mente durante toda a sua carreira, esteja ele, no papel de aluno ou de professor.
   Com base nas similaridades de tratamento, podemos destacar alguns pontos, começando pelo sistema de graduação que, de forma análoga, é o que conhecemos nas empresas como “cargos hierárquicos”.
   Para se obter um determinado cargo a pessoa deve preencher alguns requisitos e na Capoeira é a mesma coisa.
   Você toma conhecimento de sua respectiva “matriz de competência” e das próximas que deseja atingir e de posse deste conhecimento você conduz os seus esforços na direção do seu “plano de carreira”; isto é equivalente a se perguntar: Se eu quiser mudar de cargo (ou de graduação), quais competências devo desenvolver?
   Pergunta esta muito conhecida nos meios corporativos.
   Se o profissional está em um cargo posto ao invés de um cargo adquirido por competência, é muito provável que outros o superem em breve quando houver a necessidade dele aplicar tais competências.
   Além disso, há também a “análise estratégica” do ambiente externo (outras academias, associações e grupos de Capoeira) e do ambiente interno (dentro da sua própria equipe de treino).
   Um capoeirista que se preze sabe observar, processar e detectar as oportunidades que encontram-se naquele contexto e sabe avaliar os riscos associados para daí tomar sua decisão (quando entrar no jogo, como atacar – visando o ponto fraco do parceiro – e quando se defender – protegendo seus pontos fracos).
   Após terminar o jogo, o capoeirista parte para a “análise de resultados”, momento este onde faz-se uma reflexão buscando compreender as causas das falhas e dos acertos e, desta forma, inserir-se dentro do processo da “melhoria contínua”.
   E, por fim, um ponto fundamental, que muitas vezes é o que faz a diferença dentro das empresas: é o “trabalho em equipe”.
   Quem pratica Capoeira precisa saber cantar, tocar, jogar, encenar, se dedicar, aprender e colaborar.
   O bom capoeirista pode ter todas estas habilidades e competências; porém o Grande capoeirista é aquele que busca utilizar das competências da equipe (cada qual com a sua contribuição para a roda) de maneira tal a desenvolver “energia” a fim de tornar o ambiente mais dinâmico, alegre e motivador.
   Logo, quanto mais desenvolvidas estas habilidades e competências, quanto mais solidificado o conceito de “equipe” e quanto mais estimulada a “vontade” nos praticantes, mais fácil será para o líder (Mestre) “implementar suas estratégias” para alcançar determinado objetivo.  
   Portanto, ser capoeirista dentro das organizações corporativas é estar pronto para conduzir equipes e/ou ser conduzido para alcançar um objetivo comum, alocando recursos ou servindo como tal, combinando competências complementares a fim de constituir um grupo coeso, para se atingir um determinado objetivo; baseando-se na melhoria contínua (ou seja, sempre treinando para melhorar suas competências, colocando os desafios, medindo os resultados, valorizando a equipe, aperfeiçoando os métodos a cada dia e sempre focando-se no objetivo).
   Portanto, não é de se estranhar que os executivos brasileiros são bem valorizados por empresários estrangeiros justamente por conta do estilo único de saber usar da flexibilidade e da adaptabilidade frente a situações inesperadas, algo muito comum no desenvolvimento de capoeiristas e que acaba por atrair o interesse de grandes empresas que visam trabalhar no atual cenário (diga-se de passagem, muito dinâmico) das economias mundiais.

Postado por:
Profº Índio
(Coordenador de Capoeira do Tô Ligado)

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